A força da linguagem corporal
Uma coisa que inocentemente é comum de se acreditar, principalmente na fase da adolescência, é que tudo o que pensamos e não falamos é segredo nosso e só nós mesmos sabemos. E baseando-se nessa premissa, muitas vezes surgem as mentiras e omissões.
No entanto, apesar de não termos nada a respeito sendo ensinado nas escolas (ao menos na minha época ainda não tinha) existe uma linguagem diferente das linguagens verbais que normalmente aprendemos (Idiomas, Braille, Libras, etc.). Estou falando da Linguagem Corporal.
A linguagem corporal é uma forma de comunicação não verbal, ou seja, não existe alfabeto, palavras, gramática, etc. Mas ainda por ser uma linguagem, é possível transparecer algum tipo de informação, geralmente através de gestos, posturas, expressões faciais, expressões dos olhos, entre outras formas similares.
Esses estudos foram iniciados no século XIX por ninguém menos que Charles Darwin, aquele mesmo da Teoria da Evolução. Ele inclusive publicou um livro chamado “A expressão das emoções em homens e animais“, demonstrando que animais também sentem raiva, medo ciúmes, todos manifestados pelas expressões corporais.
Além disso, nesse livro ele defende que algumas de nossas expressões são resquícios herdados de antepassados primitivos, comuns ao homem e a outros animais. Ademais, ele afirma que muitas delas são inatas e não aprendidas, já que se repetem em homens das mais variadas culturas.
Outro livro muito interessante a respeito e consideravelmente mais atual é o “Desvendando os segredos da linguagem corporal” de Allan e Barbara Pease.
Neste livro é possível de se aprender várias pequenas análises que podem te ajudar a entender um pouco do que está se passando dentro da cabeça das outras pessoas, mesmo que elas não se pronunciem verbalmente.
Isso porque se a boca não fala, o corpo fala. E é involuntário.
Um exemplo simples e atual são os famosos memes na internet, que não passam de uma linguagem corporal focada em expressões faciais. Ali é possível perceber a quantidade de informação que pode ser transmitida apenas em uma expressão facial.
Aquela velha dúvida: o ovo ou a galinha?
Normalmente, nós somos tendenciados a precisar concretizar algo para depois acreditar que somos capazes de fazê-lo. O meu ponto é que, será que poderíamos inverter esse processo?
E se a gente só acreditasse, mesmo com pouco ou nenhum dado real, provas ou ainda sem conquistas? Será que isso nos impulsionaria rumo ao objetivo final?
Um dia minha mãe me disse que quando eu quiser conquistar um objetivo, se eu acreditar que conseguirei eu já estarei com 50% do caminho concluído.
Daí então, comecei a perceber que a resposta é sim! Se conseguirmos acreditar antes de realizar, a chance da ideia se concretizar aumenta exponencialmente.
Uma prova científica: Alterando seu pensamento com sua postura
Como se sair melhor em um momento de stress, como entrevistas, reuniões, apresentações em público, um pedido de namoro, casamento, etc?
Amy Cuddy é uma norte americana Ph.D. em Psicologia pela Universidade de Princeton, em Nova Jersey, e ela conseguiu provar isso com estudos científicos próprios.
Recomento o vídeo dela no talk show T.E.D. abaixo de apenas 20 minutos.
Particularmente, eu já vi esse vídeo mais de dez vezes, e sempre me arrepio quando ela conta a história da vida dela.
Mas voltando, o ponto é que: sim, é possível nos moldarmos na forma como gostaríamos de ser. Isso não é mito, mas sim fato. Tanto é real quanto é totalmente possível!
O que não quer dizer necessariamente que seja fácil, assim como quase tudo na vida.
“Finja isso até você fazer isso. Finja isso até você se tornar isso!” – Amy Cuddy
E digo mais. Recentemente eu coloquei em prática essa ideia com processos seletivos em minha busca por emprego e confirmo mais uma vez: a teoria é real e funciona!
Falo isso não só por que hoje estou empregado, mas principalmente por que eu saía das entrevistas com a consciência tranquila de que eu tinha conseguido ser eu mesmo, me colocado e me expressado da forma como eu gostaria. Logo, se eu não fosse aprovado, realmente seria por que a vaga não era mesmo para mim.
Ainda no contexto, deixo também a recomendação de uma série de ficção baseada em análise de linguagem corporal que se chama “Lie to me“, protagonizada pelo ator Tim Hoth.
Na série ele é um investigador que utiliza de sua forte habilidade em analisar a linguagem corporal de suspeitos para investigar e solucionar crimes em seu distrito.
Tenho falado para muitos amigos sobre o vídeo da Amy e, juntamente com essa postagem, tenho atendido ao pedido dela própria no fim de seu vídeo: o de divulgar essa descoberta feita por ela o máximo possível.
Por isso, para finalizar, estendo então o pedido dela à você, por que a descoberta dela realmente é uma atitude muito simples e que pode fazer com que consigamos aumentar nossa chance de sucesso em situações de possível tensão.
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