Invictus: O poema que inspirou Nelson Mandela

Nelson Mandela Jovem

Fora da noite que me cobre,
Negra como um poço de polo à polo,
Eu agradeço aos Deuses independente do que eles sejam
Pela minha alma inconquistável.

Na queda das circunstâncias,
Não hesitei nem chorei alto.
Sob a batida do acaso
Minha cabeça está ensanguentada, porém erguida.

Além deste lugar de ira e lágrimas
Assustador mas o Horror das sombras,
E ainda a ameaça dos anos
Me encontra e me econtrará sem medo.

Não importa quão estreito os portões,
Quão carregado de castigos o caminho,
Eu sou o mestre do meu destino:
Eu sou o capitão da minha alma.

Este é um poema vitoriano chamado Invictus, escrito por um poeta inglês chamado Willian Ernest Henley em 1875 e publicado em 1888. Aproximadamente um século depois de sua publicação, este poema ganhou um destaque maior por causa de uma grande influência no destino de Nelson Mandela.

 

Prisão

Um terço da vida na prisão

Depois de se formar em Direito em Joanesburgo, na África do Sul, Mandela se envolveu fortemente com políticas nacionalistas e em 1961 liderou um plano de sabotagem contra o governo. No ano seguinte, ele foi preso sendo acusado de conspiração.

Sua prisão perdurou por aproximadamente 27 anos e, durante todo o tempo de prisão, ele possuía consigo esse poema escrito em um pedaço de papel. Certamente não foram anos fáceis em sua vida, mas esse pedaço de papel com um pequeno poema de 103 palavras foi uma de suas grandes inspirações para aguentar tanto tempo atrás das grades.

Após ser solto em 1990, Nelson liderou o fim do Apartheid e em 1994, com a primeira eleição multi-racial ele se tornou o primeiro presidente negro da história.

 

Invictus - O Filme

Um trecho da história nos cinemas

Em dezembro de 2009 foi lançado um filme com o mesmo nome do poema, Invictus, estrelando Morgan Freeman e Matt Damon. O filme relata a história de como Mandela conseguiu inspirar a seleção de Rugby da África do Sul a vencer o campeonato mundial do ano de 1995, considerando que o time vinha passando por grandes dificuldades e perdendo inúmeras partidas em sequência.

 

Palavras Originais

Abaixo, segue a versão original em inglês, pois a versão acima em português foi traduzida por mim mesmo, de acordo como o interpretei.

Out of the night that covers me,
Black as the pit from pole to pole,
I thank whatever gods may be
For my unconquerable soul.

In the fell clutch of circumstance
I have not winced nor cried aloud.
Under the bludgeoning of chance
My head is bloody, but unbowed.

Beyond this place of wrath and tears
Looms but the Horror of the Shade,
And yet the menace of the years
Finds, and shall find me, unafraid.

It matters not how strait the gate,
How charged with punishments the scroll,
I am the master of my fate:
I am the captain of my soul.

Em minha opinião, esse poema expressa algumas abordagens em que eu acredito muito. Uma delas é de que nós mesmos somos os donos do nosso próprio destino. Não depende de mais ninguém a não ser de nós mesmos para chegarmos onde gostaríamos de chegar, conquistarmos o que quisermos conquistar, sermos quem quisermos ser.

Além disso, nenhuma grande conquista é alcançada sem grandes dificuldades e problemas durante o caminho. E a solução disso está em apenas uma palavra: Resiliência!

Eu costumo a dizer que a vida é como se fosse um jogo em que as regras mudam o tempo todo. Por causa disso, você tem apenas duas opções, se adaptar ou sofrer.

A pergunta que não quer calar é: até quando você está disposto a se levantar diante de suas quedas continuar a busca por seus sonhos?

Nelson Mandela

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