Sábado passado resolvi fazer um churrasco para comemorar meu aniversário aqui em Dublin. Daí foi aquela correria para preparar alguns pratos na noite anterior, acordar cedo no sábado e comprar tudo de manhã para o churrasco no mesmo dia a tarde. Tem uns 28 anos que minha mãe tem tentando me ensinar a não deixar as coisas para a última hora, mas nem sempre isso funciona. Enfim, acordei e fui lá comprar as carnes, carvão, sal grosso, farofa, pão, etc. Acontece que o melhor lugar aqui para se comprar coisas para um bom churrasco é em uma loja brasileira, em que são vendidos produtos tradicionais do Brasil.
Depois de eu pegar tudo o que precisava, fui para o caixa. Logo o rapaz do caixa já olhou para minha cara de brasileiro de Minas Gerais, eu olhei pra dele, e ele já me cumprimentou em belo português: “E aí, tudo bem?”. É impressionante como é fácil reconhecer as pessoas do nosso pais, mesmo com o Brasil sendo um país bem misto em questão de aparências. Começamos a conversar, passei tudo no caixa e comecei a pegar as notas para pagar o rapaz, e claro, as várias moedas.
Daí então, entreguei tudo na mão do rapaz, ele começou a conferir e exclamou:
“O rapaz, aí você me complica.”
Respondi então:
“O que aconteceu?”
Ele:
“Essa moeda aqui não é Euro não, é Real.”
Aí eu não aguentei e já respondi logo:
“Uai, mas essa loja não é brasileira?”
Rimos bastante mas não colou. Peguei meus dez centavos de Real de volta, paguei o restante em Euro pro rapaz e segui o meu caminho.
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